Engravidar não é motivo para descuidar da beleza, mas gestantes precisam ficar atentas aos produtos e procedimentos estéticos que decidem fazer. A gravidez acarreta diversas mudanças no organismo, que podem se refletir em estrias, varizes, manchas, acne, edemas e cabelos ressecados, probleminhas chatos que são completamente normais. O fato é que se alguns desses podem ser combatidos ainda durante a gestação, outros só podem ser tratados depois, para que o bebê não seja prejudicado. Confira, a seguir, o que pode e o que não pode ser feito pela futura mamãe:
PERMITIDO:
Filtro solar – Não é apenas permitido, mas também obrigatório. O ideal é usá-lo todos os dias, sempre com fator de proteção alto (no mínimo 30) e PPD 10. Não compre filtros que contenham na fórmula ativos que passam para a corrente sanguínea, como metoxicinamato, benzophenona, metilbenzilideno cânfora (4-MBC), 3-benzilideno cânfora (3-BC), octocrileno (OC), PABA e parabenos. Os ativos tinosorb e mexoryl são ótimas opções;
Depilação com cera – É permitido, mas como a pele da gestante é mais vulnerável, o ideal é utilizar a cera fria ou morna;
Drenagem linfática manual – A drenagem é permitida e até pode ser positiva, desde que executada por profissionais qualificados, pois diminui os inchaços nas pernas e previne a ocorrência de pré-eclâmpsia e eclâmpsia (hipertensão arterial típica da gravidez que é perigosa para a mãe e o bebê). Se mal aplicada, porém, a drenagem é capaz de desencadear hematomas e até estimular contrações uterinas após o sexto mês;
Limpeza de pele – É um ótimo recurso para as gestantes que sofrem com cravos e espinhas, mas devem ser usados somente produtos hipoalergênicos e calmantes, sem incluir esfoliantes com ácidos, que podem ser absorvidos pela pele e chegar pela corrente sanguínea até o bebê;
Fazer as unhas – O ideal é fazer apenas uma limpeza nas unhas (corte e retirada da cutícula). É melhor evitar usar esmaltes, pois eles são ricos em ftalatos, substâncias que estão relacionadas à má formação da genitália de fetos masculinos. Usar acetona também não é recomendado, pois não pode ser inalado pela gestante.
Coloração - É importante esperar o primeiro trimestre de gravidez para realizar o procedimento, no entanto, a tintura não pode, em momento algum, entrar em contato com o couro cabeludo.
Cremes anticelulite – Devem ser evitados durante toda a gestação, pois têm ativos muito estimulantes, como ácidos e nicotinato de metila, fórmula química que aumenta a circulação;
Depilação definitiva a laser – Não é recomendada a depilação e nem qualquer outro tratamento com laser, pois não é possível quantificar o grau de radiação que afetará o bebê. Não se sabe, hoje, se a luz emitida é segura ou se a dor dos procedimentos pode causar complicações como contrações ou parto prematuro;
Bronzeamento artificial – Não deve ser feito nunca, e especialmente não na gravidez. As máquinas de bronzeamento foram proibidas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em 2009;
Maquiagem definitiva – Os pigmentos introduzidos na pele podem desencadear reações alérgicas ou reações anafiláticas (o que é mais grave, pois comprometem todo o organismo). O procedimento é também doloroso e provoca estresse, incitando as contrações;
Alisamento ou relaxamento – Alguns dos produtos usados evaporam com facilidade durante a aplicação e têm forte odor. Não se sabe exatamente se eles, quando inalados, podem atingir o bebê, então é melhor evitar. Além disso, muitos trazem ativos perigosos na composição, como o formol.
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